Idiota quero ser só pra dizer saudade,
Emoção que sinto já ao ouvir um adeus
Soterrando apelos vãos, sonhos meus!
Escoltando uma atração, não necessariamente uma beldade.
Existe no cimo, mantém-se comum sendo raridade
Não distingue bárbaros... altruístas ou ateus
Menestréis... celibatos... apogeus...
Na insensatez do seu silêncio a liberdade.
Saudade sem idade, flama infinita...
Aspira sempre um ponto ausente, que aproxima,
E com flutuante insistência - meta atingida.
Não vê distância, contraste óbvio da dor que arrima
Um-dois... dois-um... num instante a vida
Mero intervalo pra que o amor não se comprima.
Assis Costa
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