A várzea envolta em seus lençóis de prata,
Num tempo atento mas sempre um outono,
Teus sinos que dobram já sem hora exata,
Regras sem regras em tempos de Rei Momo.
Cruzeiros cambalidos sem lugares magistrais,
Delegam sensações seus ares de jasmim,
A serra cor da terra com brilho de cristais
Deslumbram visitantes seus mantos de cetim.
Cativo do teu flerte nos seus olhos vertentes
O lado vivo ao fundo, o cheiro à vista,
A calmaria ao meio-dia, seus sons cadentes,
Tesão dos mil sentidos, divã de analista,
Antologica nos teus causos, pivôs tão salientes,
O berço dos amantes, dos poetas, do ideal vanguardista.
Assis Costa (lembranças do meu berço, Várzea-Alegre)
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